Que tal começar a semana experimentando novos sabores? Já pensou em
trocar aquele bife de todos os dias por uma alimentação mais verde e
mais saudável? Essa é a proposta do movimento Segunda sem Carne.
A Segunda sem Carne é uma campanha da Sociedade Vegetariana
Brasileira, em parceria com a Secretaria do Verde e do Meio-ambiente da
Prefeitura de São Paulo. O objetivo é incentivar a redução do consumo de
carne e apoiar diretrizes emitidas pelo Ministério da Saúde.
A redução das carnes, com consequente aumento do consumo de
leguminosas, frutas, cereais (de preferência integrais) legumes e
verduras é recomendada pelo Guia Alimentar para a População Brasileira
do Ministério da Saúde.
No documento, o Ministério da Saúde esclarece que os alimentos de
origem animal só integram um cardápio saudável se em consumo moderado.
Mas, no Brasil, o consumo de carnes deixou de ser moderado há muito
tempo, fazendo com que o brasileiro se exponha de forma excessiva aos
malefícios da ingestão desenfreada de carne.
O portal da campanha Segunda sem Carne admite que a retirada da
carne do cardápio às segundas-feiras provavelmente não será ainda
suficiente para ajustar o cardápio brasileiro marcado pelo seu consumo
excessivo, mas é uma atitude positiva em direção à melhor educação e
abertura a novos sabores.
Além da questão alimentar, há também uma preocupação com o respeito
pelos animais. A competição para produzir carne, ovos e derivados de
leite baratos tem levado o “agribusiness” a tratar os animais como
objetos e mercadorias. Os animais são mantidos em galpões abarrotados ou
cocheiras estreitas. Um grande número de bois de corte, vacas
leiteiras, leitões, galinhas e perus são criados nessas condições.
A tortura e a morte de animais para alimentação é incompatível com
uma cultura de paz. A alimentação sem carne é uma forma de praticar a
não-violência.
A campanha se baseia também em um terceiro pilar, pela proteção ao
planeta Terra. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO) a indústria de carne é responsável por
18% das emissões globais de gases causadores do efeito estufa, ao passo
que todos os transportes somados geram 13%.(1).
O Ministério da Agricultura afirma que só no Brasil, a pecurária
gera diretamente 80% do desmatamento no bioma amazônico. A criação de
animais para abate é uma forma ineficiente de produzir alimentos: para
cada quilo de proteína animal são necessários de 3 a 10 kg de proteína
vegetal (milho, soja etc.).
É possível viver de forma saudável e prazerosa sem fazer uso de alimentos de origem animal.
Dar preferência a proteínas vegetais favorece ainda o controle de
peso, a redução do risco de doenças do coração e de desenvolver formas
de câncer, principalmente o de intestino.
Uma dieta sem produtos animais é pobre em gordura, isenta de
colesterol e rica em fibras, vitaminas e minerais. As proteínas
vegetais, principalmente quando combinadas, são de alto valor biológico,
contem todos os aminoácidos necessários para a formação de tecidos do
nosso corpo.
Boas sugestões de proteínas vegetais são:
– Feijões, ervilha, lentilha, grão de bico;
– Soja e derivados (Proteína de soja, tofu, extrato de soja);
– Oleaginosas como nozes, amêndoas, castanhas, amendoim;
– Cereais integrais como arroz, quinua e amaranto;
– Sementes de gergelim e tahine;
– Sementes de girassol e de abóbora;
Seja pelas pessoas, pelos animais ou pelo Planeta, há motivos suficientes para repensarmos. Que tal começar hoje?
Fonte: cantinhovegetariano
O post
Segunda sem Carne, que tal? apareceu primeiro em
Esperança.